Quando a vi pela primeira vez, ainda muito jovem, parecia um bichinho a descobrir o mundo. Sempre muito quieta, de sorriso discreto, expressão nula e de aparência física totalmente imperceptível, sentia certa curiosidade em conhece - lá melhor.
Ela sempre estava ao nosso redor. Não sei se por curiosidade, carência, ciúmes ou simplesmente falta do que fazer.
Com o passar do tempo a sua presença começou a me incomodar muito. Aquele jeito sonso, sem graça, feio por muitas vezes, escondia a verdadeira pessoa que ela é.
Aos poucos fui percebendo a falsidade dos seus gestos, a obsessão em me seguir e a inveja de querer o que é meu.
Há pouco tempo cresceu, se tornou mulher, tentou melhorar a aparência, mas o seu olhar entrega o caráter duvidoso.
Circula por aí com tenebrosas botas azuis e fantasiada de santa.
Tenta enganar a muitos. A mim não consegue.
A afastei de nossas vidas, mas sei que ela sempre quer voltar.
Não, aqui você não pisa nunca mais.
Direto ao ponto, sempre.
ResponderExcluirGosto da sinceridade do texto.