Eu e o ...

Na minha cabeça passa um filme.

O roteiro é uma mistura de passado e possível futuro.

O tumultuado presente não me deixa raciocinar. Já não sei mais o que quero.

As fotos do passado mostram um intenso brilho no olhar. Absolutamente tudo era possível.

Hoje tudo parece tão apagado, desajeitado e sem graça.

O que eu imaginava não existe, é só fruto da minha mente sonhadora.

Difícil de acreditar em palavras quando atos não correspondem ao que foi dito. Me sinto tola por acreditar em você.

Não sabe de nada, nem nunca saberá.

Bater em criança é covardia

A palmada chega a ser um reflexo condicionado na família. Freqüentemente é a ponta de um terrível iceberg, que inclui tapas, beliscões, queimaduras por cigarro, óleo, ferro quente, arrancamento de couro cabeludo, fraturas, morte. A criança é um ser ávido de aprender e para isso busca os objetos que, para ela, não têm valor financeiro, mas são essenciais a seu aprendizado. Mas não se tolera que pegue os objetos ou que esbarre numa prateleira de supermercado ou que fique estressada pelo excesso de estímulos nos shoppings. Em vez de retirar a criança da cena do ‘crime’, bate-se nela. Bate-se por não se aceitar que ela tenha outro compasso e que não é um adulto em miniatura.

Há um projeto de lei que criminaliza a agressão à criança, aprovado na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, onde empacou por influência de líderes ‘religiosos’, sob o pretexto de que ‘tiraria a autoridade dos pais’. Já vimos que é uma falácia. A OAB-SP declarou em programa de TV que os segmentos mais resistentes em cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente são os da língua do P: Pais, Professores, Pastores e Policiais. Aos seres “de menor” se atribui todo o mal existente no mundo que – na prática – é regido por adultos. Adultos desnorteados com a perda de referências, com o desemprego, as aflições, o terrorismo, o medo - e que descontam seu mal-estar na criança.

A criança é uma pessoa e como tal tem direito à vida e à integridade. Ela confia cegamente no adulto, e, no entanto pais e até cuidadores exorbitam de suas funções e a agridem física e moralmente. Sempre me perguntei: por que se bate numa criança? Acabei encontrando uma das respostas: a palmada erotiza; bater engolfa o agente em volúpia que se torna incontrolável. Mas a melhor explicação é a de Ezio Flavio Bazzo, professor de psicologia da Unb: "A prova mais evidente de que a vida não passa de um ciclo ordinário está no fato de vermos nos nossos filhos tudo aquilo que passamos a vida inteira combatendo em nós". Ou seja, não podendo com nosso próprio descalabro, batemos no filho que nos espelha!

19 de Novembro - Dia Mundial Pela Prevenção da Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes

20 de Novembro - Convenção sobre os direitos da criança (Adotada em Assembléia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989)

20 de Novembro - Declaração Universal dos Direitos da Criança (Declaração aprovada, por unanimidade, pela Assembléia Geral das Nações Unidas - ONU em 20 de novembro de 1959)

Texto retirado do blog olho-do-tempo.blogspot.com

...

Uninvited by alanis Morissette

Like anyone would be
I am flattered by your fascination with me
Like any hot-blooded woman
I have simply wanted an object to crave

But you
You're not allowed
You're uninvited
An unfortunate slight

Must be strangely exciting
To watch the stoic squirm
Must be somewhat hard-telling

To watch shepherd meet shepherd
But youYou're not allowed
You're uninvited
An unfortunate slight

Like any unchartered territory
I must seem greatly intriguing
You speak of my love
Like you have experienced love like mine before

But this is not allowed
You're uninvited
An unfortunate slight

I don't think you unworthy
I need a moment to deliberate

Tradução:
Inacessível

Como qualquer uma estaria
Estou lisonjeada com sua fascinação por mim
Como qualquer mulher de sangue quente
Eu sempre quis um objeto para desejar

Mas você, você não é permitido
Você é inacessível
Um infeliz deslize
Deve ser estranhamente excitante

Assistir o inabalável sofrendo
Deve ser meio difícil dizer
Assistir o pastor precisar de ensinamento
Mas você, você não é permitido

Você é inacessível
Um infeliz deslize
Como um territorio não mapeado
Eu devo parecer muito intrigante

Você fala do meu amor como
Se já tivesse experimentado amor como o meu antes
Mas isso não é permitido
Você é inacessível

Um infeliz deslize

Não acho que você seja indigno
Preciso de um tempo para pensar.

O que sei há muito tempo

Extirpar (eis) - v. tr.1. Arrancar com raiz e tudo.2. Fig. Desarraigar.3. Extinguir de todo.4. Cirurg. Extrair

Refletir, meditar, tentar esquecer, fazer de conta que aceita, chorar, brigar, medicar, curar....nada disso mais funciona.

O mal deve ser arrancado, extirpado.

Todos merecem uma segunda chance, já me ofereci muitas, não adianta insistir.

Até um dia...

O destino coloca em nossas vidas pessoas maravilhosas; que surgem em momentos inesperados, às vezes no papel de coadjuvante e muitas vezes no papel de protagonista.

Sonhei com você muitas vezes, mas nunca te contei. Te fiz presente em momentos de alegrias e de tristezas.

Me diverti muito com suas piadas e seu jeito debochado.
Admirava o seu jeito de falar, sua simplicidade, sua coragem e principalmente a sua força em realizar os seus sonhos.

Quando soube da sua partida senti um aperto no coração. Te imaginei para sempre em nossas vidas, e agora você vai para tão longe.
Poxa, faltou tanta coisa. Sonhei com cenas que nunca aconteceriam e realmente nunca acontecerão.

Não te imagino naquele lugar árido e sério, mas espero que você seja muito feliz.

Sentiremos a sua falta.

Como foi bom sonhar.

Seguindo

O recolhimento se fez necessário. Falar, escrever, meditar: de nada adiantou.

É hora de agir. Palavras se fazem necessárias, mas estas machucam.

A realidade não muda. Aceite-a ou siga em frente.

Vale a pena lutar? É hora de encerrar a batalha?

Não queria desistir, mas as feridas doem demais.

Eu quero mais. Eu mereço mais.

Errei muito.

Refletindo

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

Fernando Pessoa

A Bitter Song

By Butterfly Boucher

All I need is a bitter song to make me better
Much better
All I need to write is a bitter song to make me better
Much better

It found me to hold me, but I don't like it at all
Won't feed it, won't grow it, it's folded in my stomach

It's not fair
I found love
It made me say that
Get back
You'll never see daylight
If I'm not strong it just might

All I need is a bitter song, to make me better
Much better
All I need to write is a bitter song to make me better
I feel better
I feel better

Felicidade artificial

Muito, mas muito antes mesmo do relógio despertar, já está acordada revisando mentalmente os afazeres e os compromissos daquele dia. Prefere continuar deitada esperando o sinal de que o dia vai começar.

Levanta com pique total e bem disposta. Cuida de um, cuida de outro, faz mil coisas e nem tem tempo de pensar nos problemas. Problemas, mas que problemas? Na sua visão a vida está boa e seguindo seu rumo. Até planos está fazendo novamente.

Por incrível que pareça ela está feliz. Se estivesse assim há duas semanas teria aproveitado mais e se preocupado menos.

Aquele pequeno enjôo e a ansiedade que lhe cerca a faz lembrar o porquê de tanta euforia. Sabe que tem prazo de validade.

Já experimentou essa sensação em vários momentos de sua vida. Depois de um tempo se sente capaz de seguir sozinha, mas percebe que ainda aprendeu muito pouco do que é viver.

A felicidade está logo ali. Basta abrir os olhos.

Reflexões às 2 da manhã

Numa noite de insônia estive pensando:

Duas pessoas nesse mundo realmente “precisam” de mim; mas sobreviveriam sem a minha presença.

Algumas pessoas dizem gostar de mim; mas não me vejo importante na vida delas.

Outras dizem que “atrapalho” suas vidas; aí é diversão garantida e atrapalho mais ainda.

Poucas me entendem; mas estão longe e um abraço amigo faz muita falta.

Tento me entrosar, mas prefiro observar. É o meu jeito.

Estou aqui para quem precisar.

Só por hoje

Já não sei mais o que escrever.

A cada dia tudo está mais confuso.

O que era para ser sólido e concreto, muitas vezes, se torna instável.

O que era apenas um delírio se torna real.

Na montanha russa da minha vida há dias de euforia e dias de tristeza.

Qual caminho devo seguir?

Acho melhor parar de pensar.

Rio de mim mesma.

Vamos lá, só por hoje.

Você acredita no impossível?

Já acreditei. Às vezes ainda me pego acreditando.

Não existe a cidade perfeita.

Não existe o sonho perfeito.

Aquele desejo nunca se realizará.

As fantasias continuarão fantasias.

Parece que nada vai mudar.

Não durmo direito, meu coração está inquieto e não suporto vê-la chorar.

Mas tudo passa........

Grey´s anatomy 5.24

Did you say it?

"I LOVE YOU! I don't ever want to live without you. You've changed my life."

Did you say it?

Make a plan, set a goal, work toward. But every now and then, look around...Drink it in.

Cause...This is it.

It might all be gone tomorrow.

Tradução

Você disse?

"EU TE AMO. Eu não quero nunca viver minha vida sem você. Você mudou a minha vida."

Você disse?

Faça um plano. Tenha um objetivo. Trabalhe duro para conseguir. Mas, de vez em quando, olhe em volta. Absorva!

Porque...É isso.

Amanhã tudo pode ter desaparecido

Satsang: um mergulho na paz

Há vários anos passo na frente daquele lugar, e apesar da grande vontade, nunca tive coragem de entrar.

A fachada é discreta, bonita e incapaz de dizer o que há por de trás daquelas portas.

Certo dia, atendendo ao chamado da alma, resolvi entrar. É bobo, mas eu estava envergonhada.

Fui muito bem recebida e convidada a uma aula experimental.

Perdida, não sabia o que esperar daquela aula. Foi diferente e no mínimo interessante.
A escola é linda, cheia de plantas, com sinos de vento e tudo cheirando a paz e tranqüilidade.

Toda quarta feira estou lá, trabalhando corpo e mente, meditando, relaxando, me conhecendo e aprendendo a viver em paz.
Putz, quando eu imaginaria que seria capaz de meditar, logo eu, que não desligo nunca.

Enfim, a YOGA é surpreendente.

No último domingo fui convidada a um tipo de show que eu desconhecia. Uma apresentação de mantras com Marcos Schultz.

No entardecer do dia, as velas iluminavam o local. Cheguei, sentei e esperei. Poucos minutos depois o show começava.

Nos primeiros acordes me entreguei totalmente. Foi maravilhoso!!!

Ao cantarmos todos juntos celebrávamos a vida e a paz.

*Satsang: Sat vem de Satya, a Verdade de tudo e de Todo. Sang vem de sangha, todos nós, irmãos e irmãs no espírito. Satsang é um encontro de pessoas dispostas a investigar a Verdade além dos próprios conceitos, crenças e julgamentos, um encontro para praticar o “Yoga Essencial”.

http://www.simplesmenteyoga.com.br/video.php

A menina de botas azuis

Quando a vi pela primeira vez, ainda muito jovem, parecia um bichinho a descobrir o mundo. Sempre muito quieta, de sorriso discreto, expressão nula e de aparência física totalmente imperceptível, sentia certa curiosidade em conhece - lá melhor.

Ela sempre estava ao nosso redor. Não sei se por curiosidade, carência, ciúmes ou simplesmente falta do que fazer.

Com o passar do tempo a sua presença começou a me incomodar muito. Aquele jeito sonso, sem graça, feio por muitas vezes, escondia a verdadeira pessoa que ela é.

Aos poucos fui percebendo a falsidade dos seus gestos, a obsessão em me seguir e a inveja de querer o que é meu.

Há pouco tempo cresceu, se tornou mulher, tentou melhorar a aparência, mas o seu olhar entrega o caráter duvidoso.

Circula por aí com tenebrosas botas azuis e fantasiada de santa.

Tenta enganar a muitos. A mim não consegue.

A afastei de nossas vidas, mas sei que ela sempre quer voltar.

Não, aqui você não pisa nunca mais.

O que você faria ????

O que você faria se hoje fosse o seu último dia?

O meu final de semana foi bombardeado por programas de Apocalipse, Fim dos tempos e Profecias sobre 2012.

Well, impossível não pensar sobre o assunto, e acabei pensando muito.

No meu último dia eu vestiria a minha melhor roupa, aquele sapato que há tempos aguarda uma ocasião especial, um pouco do perfume preferido e no pescoço o colar com o pingente que representa o meu maior amor.

Ligaria praquele que aguarda o meu telefonema, viveria e me jogaria na minha paixão, daria o último beijo e teríamos a nossa última conversa pelo olhar.

Iria para o lugar mais bonito, escutaria a mais bela música e deixaria os pensamentos me levarem pra longe, muito longe...............

Viveria os meus últimos segundos em sintonia com o que há de melhor.

A Flor mais linda

Quando você ainda estava na minha barriga já te imaginava minha florzinha.

Quando voltei do hospital com você nos meus braços, uma flor, daquela planta quase sem vida, nos aguardava.

Quartinho cheiroso, roupas delicadas, fundo branco, detalhes rosa e verde como um lindo prado.

Seu primeiro aninho, um jardim encantado.

De vestido lilás e flor no cabelo, seu passinho e seu sorrisinho envergonhado, nos iluminaram.

Te amo!!!!

Mantra da semana

Valorizar quem me valoriza.


Respeitar quem me respeita.


Amar quem me ama.

Reflexões dos quase 30

Vou fazer 29 anos.
Na minha cabeça não é 29, é quase 30.

Me lembro quando tinha uns 14, 15 anos e ficava me imaginando quando tivesse essa idade.

Eu já estaria casada, com pelo menos dois filhos e com uma vida profissional maravilhosa.

É, algumas coisas já conquistei. Casei (a vida de casada é mais complicada do que eu imaginava), tive uma filha (já não sei mais se encaro outra gravidez) e bem, a vida profissional merece um texto à parte (fica para outro dia).

Também me imaginava uma pessoa séria (?), madura, de mil e uma atividades e morando numa cidade agitada, próspera ou quem sabe em outro país.

Não sou séria, não sou tão madura quanto esperavam que eu deveria ser (os chatos de plantão), não faço mil e uma atividades (impossível dar conta de tudo) e moro em Limeira.

Olhando para trás vejo que eu deveria ter curtido mais e me preocupado menos com o futuro, afinal, ele está bem diferente do planejado.

Mas também vejo que, de certo modo, o meu presente é baseado nas escolhas que fiz no passado, e que não aproveitar o hoje fará com que daqui alguns anos eu reclame de mais um passado chato e sem graça.

Nem tudo tem sido um “mar de rosas” nesses 29 anos, porém existiram momentos divertidíssimos, sonhos realizados, loucuras inimagináveis, muitas festas, muitas paixões, muitas descobertas e o melhor de tudo: Maria Luísa!!!!

Enfim, só 29!

Mil faces

Atrás daquela expressão facial de dúvidas e da mente de pensamentos sombrios, se esconde a menina feliz e sonhadora.

Se você prestar atenção verá os vários momentos em que ela se mostra e irradia a sua alegria.

Fala alto, muitas vezes gritando, na tentativa de se fazer entender. Quando está sozinha dança e canta até ficar exausta. Se emociona com certos programas de TV, mas prefere chorar escondido. Se chora na frente de todos é para extravasar a sua raiva, que ela não faz questão nenhuma de esconder.

Se revolta com as injustiças e com os talentos desperdiçados.

Adora conversar e rir muito.

Se irrita com a falta de compreensão e com a falsidade.

Ciumenta, mas não demonstra.

Feliz, por conhecer pessoas maravilhosas.

Ativa, querendo sempre mais.

Sorriso, sempre aberto.

Agressiva, se há falta de respeito.

Realizada, em muitos aspectos.

Ansiosa, por desconhecer os caminhos do seu destino.

Não tente ser eu

Não imite a minha foto,

Não imite o meu perfil,

Não imite o meu nome.

Não imite a minha festa, nem o meu estilo.

Não implore pelo carinho e atenção dele, tampouco pelo amor dela.

É impossível você ser igual a mim.

Eu não sou comum e não sou assim por acaso.

Mostre a sua cara. Pare de fingir.

Se tiveres coragem, fale tudo para mim.

A Fazenda

A minha fazenda é linda.

Localizada no alto de um planalto, vejo a imensidão verde ao seu redor pontilhada por alguns Ypês roxos e amarelos que dão cor ao lugar considerado sagrado por mim.

Lá eu vivo em paz. Não tenho telefone, internet e nem me lembro de ligar a TV.

Estou longe da inveja, da hipocrisia e da falsidade.

Lá eu me sinto um pássaro livre.

A manhã na fazenda me convida a uma caminhada. Coloco as minhas botas e saio por aí.
Alguns caminhos são pelo pasto, outros pela terra vermelha.

Chego no pequeno vilarejo próximo às minhas terras. Dou uma volta. Converso com algumas pessoas e continuo a andar.

Não sinto o tempo passar. Só sinto o sol tocando a minha pele e o vento fresco no meu pescoço.

Agora estou no alto de uma montanha e passo horas observando o lugar mais lindo do mundo.

A paz de espírito se faz presente.

Fecho os olhos e deito na grama.

Ao abrir vejo que não estou sozinha. Do meu lado está a única pessoa que eu gostaria que estivesse comigo naquele momento.
Essa pessoa é a única que merece ver o que eu vejo.
E ficamos lá, por quanto tempo eu não sei.

Novamente fecho os meus olhos e ao abrir vejo que foi só um sonho.

Que droga é essa de vida moderna?

Tenho uma amiga que toda vez que pergunto se está tudo bem ela sempre me responde: “To na correria”. Não foi exatamente isso que perguntei. Questiono como vai a vida. Mais uma vez a resposta padrão: “Só correndo”.

De certo ela deve estar treinando para a próxima maratona.

Não, não, ela faz parte da chamada vida Moderna.

Já fiz parte também.

Acordava às seis da manhã, tomava o café correndo, fazia mamadeira, trocava a filha às pressas, arrumava a sua mochilinha, me trocava, a deixava na escola e às sete eu estava pronta para mais um dia de trabalho puxado.

Na volta, uma caminhada de 15 minutos embaixo de um sol escaldante, pegava a pequena. Ia pra casa, fazia janta, dava banho, tomava banho, lavava o uniforme da escola, tentava assistir televisão e dormia no sofá de cansaço.

Parei com tudo.

Agora não faço nada.

Quer dizer, faço sim. Arrumo a minha filha sossegada pela manhã, à tarde asso bolos, quando vem a inspiração escrevo um pouco aqui, assisto repetidas vezes o último capítulo de Grey´s Anatomy, fico pensando que cor de vestido escolher para o casamento da minha amiga Jana, treino a Maria Luísa pra ser a daminha ( inha, no seu próximo casamento eu deixo ela ser), escuto por horas a minha princesa cantar as músicas que aprende na escola e rezo todos os dias para o marido não perder o emprego (as feministas vão me matar).

Eu escolhi viver assim. Por enquanto estou feliz. Talvez amanhã eu me canse e invente fazer outra coisa.

O que me incomoda é ver as pessoas correrem e esquecerem de viver o dia a dia.
Não estou aqui para dizer larguem os seus empregos e transformem-se todas em donas de casa.
Só quero dizer que façam as suas escolhas de uma forma para que possamos viver mais devagar.

Não precisamos correr, caminhar já ta de bom tamanho.
Caso você queira correr, pense no que está deixando pra trás.
Pare um pouco de pensar no TER. Pense no SER.
Menos é sempre mais.

P.S: dizem as más línguas que sou uma bela de uma vag.....!!! Inveja da concorrência, esses sim PRECISAM correr.

A praia

Saindo do mundo caótico de asfalto, edifícios, escritórios e pessoas andando em passos acelerados, chego ao meu paraíso.

Curvas e curvas me levam aonde considero O meu LUGAR.
Areia fofa e clara, mar azul e o cheiro da maresia. A água está gelada, porém seu poder é renovador.

O marulho me faz mergulhar em pensamentos de calma e serenidade.
As crianças se divertindo na areia com seus castelos, bolos de mentirinha e catando conchinhas me levam à infância onde tudo se resumia à praia.
Passeios, férias, todas as lembranças me remetem ao céu azul e as tardes chuvosas do típico verão.

Ao caminhar pela areia sinto que aqueles pequenos grãos fazem parte de mim. Sinto que minha alma pertence ao mar que observo por horas e horas sem nem perceber que o dia já vai embora.
A noite estrelada e quente me convida a se deliciar pela cidade, onde também há asfalto, prédios e escritórios, mas onde o ar é outro. A vida pulsa de maneira totalmente diferente.
Quero viver lá. Quero morrer lá.

Quando o passado se faz presente

Sou uma pessoa saudosista e de excelente memória.
Penso no passado com muito carinho. Relembro momentos, pessoas, cheiros, músicas e sensações.
Do nada, pessoas que estavam lá no fundo da caixinha reaparecem e me fazem repensar o presente.

Volto no tempo.

Ah seu eu tivesse a maturidade e até um pouco mais de coragem que tenho atualmente, com certeza eu teria me jogado mais.
Foram dias divertidos, apaixonantes, de grande entusiasmo e que voltam com força total nos primeiros dias de outono.
Sim, era outono. Me lembro dos dias quentes e das noites geladas. Do sol no céu limpo e azul, e do vento que esvoaçavam os nossos cabelos.
Me lembro da rua, do shopping, do Playcenter, do ônibus e do carro.
Me lembro do cheiro, da música, da risada e das aceleradas batidas do coração.
Poxa, eu deveria ter aproveitado mais.

Voltando ao presente.

No meu coração parece que foi ontem. Pensando com a razão foi há muito, muito tempo.
Percorremos caminhos diferentes e ao mesmo tempo iguais. Chegamos ao mesmo ponto.
A caixinha se abriu. Seria uma nova oportunidade?
Parece que não.
O passado para muitas pessoas é passado. Deixa tudo como está.
A caixinha novamente será fechada.
Não depende mais de mim abri-la.

A ingratidão (em especial para Ana e João)

Tenho poucos, mas verdadeiros e importantíssimos amigos.
Não é fácil me conquistar. Tem que rolar identificação, amizade, lealdade e respeito acima de tudo.
Se rolar tudo isso, nossa, você me ganhou. Terá uma pessoa para te ajudar sempre que precisar, uma amiga que adora bater altos papos e uma pessoa que abrirá as portas de sua casa e de seu coração (realmente isso não é para qualquer um).

Vocês tinham tudo isso e perderam.
Não respeitaram os limites da minha paciência e me desrespeitaram.
Perderam tudo por serem crianças e acharem que um simples “Me desculpa” resolve tudo.
Deixaram cair as máscaras e mostraram o que realmente são.
Vocês, Graças a Deus, não fazem a menor falta na minha vida. Ainda tenho valiosíssimos amigos que alegram os meus dias.

Alguém diz: Os fracos nunca perdoam. O perdão é uma virtude dos fortes!!
Eu respondo: Querida, o meu perdão é sagrado, poucas pessoas o merecem, e você com certeza não é uma delas.

O Espelho

O que você enxerga quando se olha no espelho?

Já me vi jovem, inteligente, estudiosa, bonita , sonhadora.

Já me vi feia, burra, derrotada, triste, insegura.

Já me vi solteira, baladeira, jornalista.

Já me vi casada, mãe, dona de casa.

Hoje, o que vejo são os cabelos curtos que um dia foram longos, o sorriso nem sempre tão aberto quanto antes e o olhar mais perdido como nunca. Foi só um dia não muito bom.

Mas há os dias de alegria, de sorriso espontâneo e esperança.

Dias que desejo serem eternos.

Meu primeiro post

Estou aqui e não sei o que escrever.
São tantas coisas para dizer que nem sei por onde começar.
Falarei sobre o que : da minha filha? do meu dia a dia de mãe ? das minhas expectativas para o futuro ?
Quero gritar pra todo mundo o que penso, pois assim me sentirei mais leve.
Será que alguém vai escutar ?
Quero dizer que só gosto do impossível, que o passado bate constantemente na minha porta e que faria de tudo para saber um pouquinho do futuro.
Volto em breve!!!